Embriagado de tanto amar, desequilibra-se ao mar – não se afoga, transborda (amor)

 

Entre fases e frases, vive-se.

Entre terra e mar, equilibra-se.

Pra cada fase, uma frase

Que leva a outra fase.

Pra cada passo, um pouco de mar

Que leva a outra terra

O amor por se amar.

 

Há fases de frases

E há fases que não bastam frases.

Há tempos em terra

E há tempos em que chão é pouco.

 

Cansado de frases e chão

Propositalmente, desequilibra-se o equilibrista.

Muda de fase e, embriagado de tanto amar,

Lança a alma ao mar

Que lava, leve e leva.

 

Não mais em terra

Vive a utopia dos mais românticos

Insiste na intensidade do belo ao limite

Segue aprendiz dos próprios sonhos.

 

 

E por ser tudo tanto e todo

É à margem, na solidão e no silêncio, que se descobre.

Descobre-se de tudo, do todo e de tantos.

E, de cara com a essência (sua),

A missão única se apresenta.

 

Vida é isso;

Um eterno construir frases pra dar conta de diferentes fases (de si/da vida)

Um vasto caminhar por terra, mar e amar.

 

Vida é isso;

Evoluir partindo de si

E depois daí, transbordar por aí

O melhor que há em ti

Porque sem deixar legado

Não há vivido, nem há sentido.

Há apenas, um inútil ensaio do que poderia ter sido.

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